Em 2024, 1.228 estudantes do Rio Grande do Norte foram atendidos por meio das classes hospitalares e domiciliares da rede estadual, garantindo continuidade aos estudos de crianças e adolescentes impossibilitados de frequentar a escola convencional devido a questões de saúde. Um dos casos mais emblemáticos é o de Lucas Gabriel, diagnosticado com mucopolissacaridose, uma doença rara, que conquistou uma vaga no curso de Ciência da Computação na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) com o suporte integral da escola e da classe hospitalar.
Lucas foi atendido pela classe hospitalar da Associação de Apoio aos Portadores de Câncer de Mossoró e Região (AAPCMR), enquanto estava matriculado na escola estadual Abel Coelho. Graças ao atendimento educacional especializado, Lucas pôde realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e concretizar seu sonho de ingressar na universidade.
A Secretária de Educação do RN, professora Socorro Batista, ressaltou que “a inclusão é um princípio fundamental da educação pública. Nossos estudantes precisam saber que a escola está com eles, independentemente das dificuldades. O atendimento educacional domiciliar e hospitalar é uma garantia de que esses alunos continuarão aprendendo, sonhando e conquistando oportunidades.”
O serviço de atendimento educacional hospitalar e domiciliar é regulamentado pelo Ministério da Educação (MEC) e, no estado, é coordenado pela Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e do Lazer (SEEC). O objetivo é assegurar que os alunos internados por longos períodos ou impossibilitados de frequentar a escola convencional não fiquem defasados no currículo escolar.
Com a atuação de 26 professores distribuídos por cidades como Natal, Mossoró e Caicó, a SEEC garante que o aprendizado dos alunos seja mantido, mesmo diante de adversidades médicas. Entre os casos de sucesso, a trajetória de Lucas se destaca como um exemplo de superação, com o apoio contínuo de educadores e instituições.
Para Hamaúse Silva, professora da rede estadual em Mossoró, “Lucas representa o desejo e a luta pelo direito à educação, mostrando que aprender no ambiente hospitalar não é apenas possível, mas uma realidade transformadora.”
Maria do Carmo Severo, subcoordenadora de Educação Especial da SEEC, destaca que "o ano de 2024 foi de muita dedicação e esforço para Lucas, e os professores não mediram esforços para garantir sua continuidade no processo escolar e sua aprovação na universidade."
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