O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich — Foto: Amir Cohen/Reuters
O ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, disse nesta terça-feira (26) que Israel deveria "conquistar" a Faixa de Gaza e reduzir pela metade a população palestina com a "emigração voluntária".
Smotrich, político da extrema direita israelense, nasceu em um assentamento israelense nas Colinas de Golã, reconhecidos como território sírio. Ele é um defensor da ocupação dos territórios palestinos por Israel.
"Podemos e devemos conquistar a Faixa de Gaza, não devemos ter medo desta palavra", disse Smotrich em um simpósio organizado pelo Conselho Yesha, uma organização que representa os colonos na Cisjordânia ocupada.
"Não há dúvida de que em Gaza, com a promoção da emigração voluntária, existe, na minha opinião, uma oportunidade única que se abre com a nova administração" de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, acrescentou o ministro.
"Podemos criar uma situação em que, dentro de dois anos, a população de Gaza será reduzida pela metade", acrescentou Smotrich, que lidera o Partido Sionista Religioso, de extrema direita.
Em 14 de novembro, a Human Rights Watch considerou o repetido deslocamento forçado de palestinos na Faixa de Gaza um crime contra a humanidade, acusações que Israel considera "completamente falsas".
Desde 7 de outubro, quando o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque terrorista que deixou cerca de 1.200 mortos em Israel e fez cerca de 200 reféns, o governo de Benjamin Netanyahu lançou uma incursão militar no território.
O número de mortos na por conta da ofensiva militar desde o início da guerra já passa de 44 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 70% das mortes verificadas independentemente pela organização são de mulheres ou crianças.
No último dia 21, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão contra Netanyahu por crimes de guerra, assim como para Mohammed Deif, líder do Hamas que Israel diz já ter matado, e para o ex-ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant.
Fonte: G1
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