36% das bebidas alcoólicas vendidas no Brasil são falsificadas e já causaram mortes
- Redação
- 30 de set.
- 2 min de leitura
Pesquisa da Fhoresp aponta risco de intoxicação por metanol em vinhos, destilados e vodcas; autoridades reforçam necessidade de ação imediata

A Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo) alertou nesta terça-feira (30) sobre o aumento da falsificação de bebidas alcoólicas no Brasil, destacando que 36% dos produtos vendidos podem ser adulterados ou falsificados. A entidade reforçou a necessidade de ações imediatas das autoridades para combater o problema.
Segundo pesquisa do Núcleo de Pesquisa e Estatística da Fhoresp, divulgada em abril de 2025, vinhos e destilados estão entre os produtos mais afetados, com uma em cada cinco garrafas de vodca sendo adulterada. A fraude coloca em risco a saúde dos consumidores e prejudica o setor de alimentação e bebidas legalizado.
Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp, destacou que a entidade já havia alertado o mercado há seis meses sobre os altos índices de falsificação de bebidas. Embora a maioria dos bares e restaurantes opere de forma regular, eles também sofrem impactos de fornecedores que adulteram produtos vendidos ao público.
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Risco de intoxicação por metanol
Nos últimos dias, três mortes foram registradas em São Paulo após consumo de bebidas adulteradas, uma na capital e duas em São Bernardo do Campo. Desde junho, o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) da Secretaria Estadual de Saúde contabilizou seis casos de intoxicação por metanol, incluindo os três óbitos, e investiga outros dez casos.
O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) de Campinas confirmou a presença de metanol em amostras de bebidas analisadas. Esse tipo de álcool é altamente tóxico, podendo causar visão turva, dor abdominal, tontura, náusea, convulsões e danos irreversíveis ao cérebro, fígado e nervo óptico, levando à morte em casos graves.
Entre os casos recentes, Diogo Marques, 23, sofreu cegueira temporária após ingerir bebida adulterada. Seu amigo, Rafael Martins, permanece internado há um mês com graves complicações decorrentes da intoxicação.









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