CBF muda calendário do futebol brasileiro a partir de 2026 e encurta estaduais
- Redação
- 1 de out.
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Campeonato Brasileiro começa em janeiro, Copa do Brasil terá final em jogo único e campeonatos estaduais passam a ter apenas 11 datas

O futebol brasileiro passará por transformações significativas a partir de 2026. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta terça-feira (1º) um novo modelo de calendário esportivo, que altera profundamente a estrutura das principais competições nacionais. Entre as principais mudanças estão o início antecipado do Campeonato Brasileiro para o dia 28 de janeiro, a redução de datas dos campeonatos estaduais e a realização da final da Copa do Brasil em jogo único.
As alterações foram oficializadas pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que classificou as mudanças como “urgentes e inadiáveis”. Segundo ele, o objetivo é racionalizar o calendário, diminuir a quantidade de partidas para os clubes da Série A e ampliar as oportunidades de participação para equipes menores.
“Precisamos cortar custos e ajustar o calendário, que já não dava mais para adiar. As mudanças eram urgentes e acredito que foram as melhores escolhas. No futuro, veremos os benefícios dessas mudanças”, afirmou Rodrigues.
Campeonato Brasileiro começa mais cedo
A edição de 2026 do Campeonato Brasileiro da Série A começará em 28 de janeiro, com previsão de término em dezembro. Com isso, o principal campeonato nacional passará a ter mais fôlego ao longo do ano, com possíveis pausas mais planejadas, especialmente em anos de competições internacionais.
Essa antecipação foi motivada principalmente pela necessidade de adaptação ao calendário da Copa do Mundo de 2026, que ocorrerá entre junho e julho nos Estados Unidos, México e Canadá. A expectativa é que os clubes possam se organizar melhor e que o torneio nacional não seja comprimido em datas apertadas.
Copa do Brasil terá final única
Outra grande mudança ocorre na Copa do Brasil. A partir de 2026, a final será disputada em partida única, em estádio a ser definido previamente pela CBF. Além da final, outras fases da competição também passarão a ter jogo único, reduzindo o número total de partidas e intensificando o caráter decisivo da competição.
Com a novidade, a CBF segue uma tendência mundial já consolidada em torneios como a Champions League e a Libertadores, que também optaram por decisões em jogo único nos últimos anos.
Estaduais com menos datas e clubes menores mais incluídos
Os campeonatos estaduais também sofrerão uma redução significativa: passarão de 16 para apenas 11 datas. Essa decisão, já anunciada anteriormente pela entidade, visa diminuir a sobrecarga de jogos para os principais clubes do país e oferecer um início de temporada mais racional.
“Cumprimos os compromissos que assumi ao assumir a presidência. O foco está em diminuir a carga de jogos e gerar mais chances para times que, há muito tempo, ficam inativos por meses. Isso é uma questão de justiça esportiva, desenvolvimento sustentável e equilíbrio”, declarou Samir Xaud, presidente da CBF.
Dentro dessa lógica de inclusão, a CBF também anunciou a criação de novas competições regionais, como a Copa Sul-Sudeste, com o intuito de ampliar a participação de clubes de menor expressão no cenário nacional. A ideia é dar mais calendário para essas equipes, que muitas vezes ficam meses sem disputar partidas oficiais após os estaduais.
Calendário alinhado até 2029
As mudanças anunciadas já consideram os grandes eventos internacionais que vão impactar o calendário do futebol mundial nos próximos anos. Em 2026, por exemplo, o Campeonato Brasileiro precisará parar por 55 dias por causa da Copa do Mundo.
A programação definida pela CBF também leva em conta as edições futuras da Copa do Mundo Feminina (2027), Copa América (2028) e Copa do Mundo de Clubes (2029). O novo modelo de calendário se estende até 2029, oferecendo maior previsibilidade aos clubes, federações e patrocinadores.
Impactos práticos das mudanças
Com o novo formato, estima-se que os times da Série A passem a disputar de seis a oito jogos a menos por temporada. Isso representa um alívio importante para a preparação física dos atletas e abre espaço para datas FIFA, sem necessidade de sacrifício de jogos do Campeonato Brasileiro.
Além disso, os clubes terão mais tempo para treinos, recuperação e planejamento estratégico, o que deve elevar o nível técnico das competições e diminuir o número de lesões.
Por outro lado, as federações estaduais terão o desafio de reformular seus campeonatos com menos datas, o que pode afetar diretamente os clubes de menor investimento. Ainda assim, com a inclusão de novas competições regionais, a expectativa da CBF é que o calendário para esses times seja mais equilibrado e sustentável.











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