Feira do Milho começa nesta sexta (6) em Natal e segue até 6 de julho
- Redação
- 6 de jun.
- 2 min de leitura
Evento reúne produtores do RN e impulsiona comércio de milho durante o período junino

Com a chegada das festas juninas no Nordeste, o comércio de milho ganha força em todo o estado do Rio Grande do Norte. Em Natal, a Feira do Milho teve início nesta sexta-feira (6) e segue até o dia 6 de julho, funcionando inicialmente das 7h às 19h, com possibilidade de estender o horário de atendimento nos próximos dias.
A feira ocorre pelo segundo ano consecutivo no Centro Administrativo do Estado, na marginal da BR-101, próximo à Arena das Dunas, e reúne produtores de diversas regiões do RN. A ação é uma das principais oportunidades de venda direta para agricultores familiares e conta com o apoio do Governo do Estado e da Secretaria de Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar (Sedraf).
Atualmente, o preço médio da mão de milho (pacote com 50 espigas) é de cerca de R$ 40, o que atrai consumidores que mantêm viva a tradição do milho nas comidas típicas juninas.
Para famílias como a de Sheila da Cunha Bezerra, a feira representa tradição e sustento. “Minha filha, que mora no Rio de Janeiro, já está se organizando para ajudar nas vendas. Todos estão presentes”, disse. Há 25 anos, a família participa da feira e tem como meta vender cerca de 800 mil espigas neste São João.
Apesar do movimento intenso da feira, os produtores enfrentam dificuldades no campo. De acordo com a Emater-RN, a safra de milho de sequeiro sofreu perdas de 70% a 80% devido à estiagem que atingiu o estado.
Segundo Cícero Figueiredo, diretor técnico da Emater, mesmo com a entrega das sementes dentro do prazo ideal, a falta de chuvas regulares comprometeu a produtividade. “Infelizmente, mesmo com a preparação, a estiagem afetou fortemente a produção dos agricultores familiares”, afirmou.
Diante das perdas, diversos municípios do RN acionaram o programa Garantia Safra, do governo federal, que oferece auxílio financeiro a agricultores afetados por fenômenos climáticos, como estiagens prolongadas ou excesso de chuvas. No estado, o programa é coordenado pela Sedraf.
Apesar das dificuldades, a Feira do Milho de Natal se mantém como símbolo de resistência, cultura popular e fonte essencial de renda para centenas de famílias do campo. O evento fortalece a conexão entre produtores e consumidores, e ajuda a manter vivas as tradições nordestinas no período mais festivo do ano.
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