SESI Escola Macau integra pesquisa da UFRN sobre impacto da soneca na alfabetização
- Redação
- 26 de ago.
- 2 min de leitura
Projeto “Soneca Escolar” avalia se cochilos após as aulas podem melhorar a aprendizagem de crianças em fase inicial de leitura
Um breve cochilo entre aulas pode ser um aliado no processo de alfabetização de crianças. Essa é a hipótese que a estudante de mestrado Flora Assaf, do Instituto do Cérebro da UFRN (Ice-UFRN), busca comprovar com a pesquisa “Soneca Escolar”, recentemente expandida para a SESI Escola Macau.

Orientado pelo neurocientista Sidarta Ribeiro, referência internacional em estudos sobre sono, sonhos e memória, o projeto é conduzido pelo Laboratório do Sonho, Sono e Memórias. A iniciativa prevê um mês de sonecas de até duas horas após o almoço, sem interferir no conteúdo aplicado em sala de aula, mas avaliando se o descanso contribui para consolidar o aprendizado.
Metodologia inovadora
Durante a pesquisa, os alunos passam por testes de leitura de Palavras e Pseudopalavras, nos quais precisam ler em voz alta tanto palavras reais quanto inventadas, mas com sons plausíveis da língua portuguesa. Segundo a pesquisadora, isso permite identificar se as crianças conseguem decodificar grafemas corretamente, independentemente de já conhecerem ou não a palavra.
“Acreditamos que a soneca pode impactar não só as habilidades de leitura e escrita, mas todo o processo de aprendizagem, já que a língua é a base de acesso a outros conhecimentos escolares”, explica Flora Assaf.
Parceria com SESI-RN
A inclusão da SESI Escola Macau no estudo se deu por convite do Departamento Nacional do SESI ao pesquisador Sidarta Ribeiro. A unidade foi escolhida por ser a única do RN a oferecer turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
O início da pesquisa foi precedido por uma palestra sobre a importância do sono na aprendizagem, ministrada pelo próprio Sidarta Ribeiro. Alunos receberam kits personalizados com colchonetes e travesseiros para participação no projeto.
De acordo com Danielle Mafra, superintendente regional do SESI-RN, a iniciativa fortalece a missão da instituição em promover educação de qualidade com inovação pedagógica. “Ao abraçarmos um projeto científico com embasamento sólido, oferecemos aos nossos alunos oportunidades únicas de aprendizagem e desenvolvimento”, destacou.
A diretora da SESI Escola Macau, Aldécia Cortês, ressalta ainda que a pesquisa valoriza a ciência como ferramenta de transformação social e fortalece os laços entre escola, famílias e comunidade.
Apoio das famílias e possibilidade de expansão
Segundo a equipe, o projeto foi bem recebido por pais e responsáveis, que participaram ativamente das etapas iniciais. Apesar da mudança na rotina, a comunidade escolar se mostrou engajada, garantindo o andamento das atividades.
Os resultados serão avaliados comparando testes aplicados antes e depois do período de sonecas. Caso os efeitos sejam positivos, o modelo poderá ser replicado em outras escolas. “Nosso objetivo é levar a experiência para o maior número possível de instituições, após consolidar o melhor protocolo de aplicação”, conclui Flora Assaf.









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