[VIDEO] Trump diz ter abraçado Lula e promete encontro em meio a tensões diplomáticas
- Redação
- 23 de set.
- 3 min de leitura
Reaproximação entre líderes acontece durante Assembleia da ONU e contrasta com sanções e críticas dos EUA ao Brasil

Durante um breve e simbólico encontro nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, realizada nesta terça-feira, 23, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que abraçou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que ambos concordaram em conversar novamente na próxima semana. A aproximação ocorre em um momento de tensões diplomáticas entre os dois países, marcadas por sanções e críticas vindas de Washington.
“Eu o vi, ele me viu e nós nos abraçamos”, relatou Trump, ao comentar o encontro informal que durou cerca de 20 segundos. “Nós concordamos que nos encontraremos na próxima semana. Não tivemos muito tempo para conversar”, acrescentou. Apesar da brevidade, o republicano afirmou que houve uma “química excelente” com o brasileiro: “Ele pareceu ser um homem muito legal, na verdade. Ele gostou de mim, eu gostei dele. E eu só faço negócios com pessoas de quem gosto”.
Segundo apuração da correspondente da CNN Priscila Yazbek, a próxima conversa entre os dois líderes deve ocorrer por telefone.
Sinal diplomático em meio a um cenário tenso
O gesto amigável entre Trump e Lula chama atenção porque contrasta com o atual clima diplomático entre Brasil e Estados Unidos. Recentemente, o governo americano impôs sanções a autoridades brasileiras, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Washington acusa Moraes de violar direitos humanos e perseguir adversários políticos, além de questionar a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe.
Paralelamente, os EUA também aplicaram tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, o que foi interpretado por analistas como um recado direto à política econômica do atual governo.
Mesmo diante dessas sanções, Trump fez questão de destacar sua percepção pessoal sobre Lula. “Ele gostou de mim, eu gostei dele. E eu só faço negócios com pessoas de quem gosto”, repetiu o ex-presidente americano, que aparece como favorito nas pesquisas para disputar novamente a presidência em 2024.
Críticas e ameaças econômicas veladas
Apesar da tentativa de aproximação, Trump não poupou críticas à situação econômica do Brasil. Segundo ele, o país “está indo mal” e depende da relação com os Estados Unidos para se reerguer.
“Eles só conseguirão se sair bem quando trabalharem conosco; sem nós, eles fracassarão, assim como outros fracassaram”, afirmou o ex-presidente. Ele também acusou o Brasil de praticar “tarifas injustas” contra produtos americanos no passado.
As declarações reforçam o tom protecionista da política econômica de Trump, que durante seu mandato implementou medidas similares contra outros países da América Latina e da Ásia. Em sua fala, ele reiterou o compromisso com a soberania dos EUA e com a defesa dos direitos de seus cidadãos, deixando claro que não pretende aliviar a postura em relação ao comércio exterior, mesmo com a reaproximação diplomática.
Lula evita confronto direto, mas responde em discurso
Durante seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, Lula não mencionou diretamente os Estados Unidos, mas criticou ações unilaterais que afetam a soberania de países e suas instituições democráticas. O presidente brasileiro classificou como “medidas arbitrárias” as sanções impostas por grandes potências e alertou para os riscos dessas atitudes no cenário global.
Lula também rebateu, de forma indireta, as críticas econômicas feitas por Trump. Segundo ele, os EUA mantêm superávit na balança comercial com o Brasil e têm mais a ganhar com o fortalecimento da parceria bilateral do que com o confronto.
Um encontro que pode redefinir estratégias
A possível reunião entre Lula e Trump, mesmo que por telefone, poderá abrir um novo canal de diálogo entre Brasil e EUA em um momento delicado das relações internacionais. A diplomacia brasileira vê com cautela os sinais enviados por Trump, que ainda não ocupa cargo oficial, mas exerce forte influência sobre setores do governo americano e da opinião pública internacional.
O gesto simbólico do abraço na ONU pode indicar uma tentativa de reequilíbrio nas relações, mas as divergências estruturais entre os dois países continuam latentes, especialmente em temas como democracia, direitos humanos e política comercial.









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