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[VIDEO] Vereadora afirma ser “a favor da violência contra a mulher” e gera repercussão no Amazonas

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 30 de set.
  • 3 min de leitura

Declarações de Elizabeth Maciel durante sessão em Borba (AM) provocam indignação e pedidos de apuração por incitação à violência


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Durante sessão da Câmara Municipal de Borba (AM), a vereadora Elizabeth Maciel (Republicanos-AM), mais conhecida como Betinha, chocou ao declarar, na segunda‑feira (29), que é “a favor da violência contra a mulher”. A declaração ocorreu enquanto ela defendia o colega vereador Pedro Paz, ao criticar a vereadora Jéssica, acusando‑a de usar a Lei Maria da Penha “para se beneficiar politicamente”.


Em vídeo que viralizou nas redes sociais, Betinha afirma que “existem mulheres que merecem apanhar” e insinua que alguns casos de violência seriam forjados por mulheres para incriminar homens. Embora tenha dito apoiar a existência da lei que protege mulheres vítimas de violência, enfatizou: “sou contra aquelas que tentam se aproveitar da legislação”. As falas repercutiram com grande indignação entre ativistas, autoridades e a sociedade civil, que consideraram o discurso perigoso e inaceitável.


Discurso polêmico em plena sessão

A cena ocorreu durante uma sessão ordinária na Câmara de Borba, município do interior do Amazonas. No plenário, Betinha dirigiu críticas diretas à vereadora Jéssica, afirmando que esta “usa a Lei Maria da Penha para se promover politicamente”. Ao justificar sua crítica, disse que a lei deveria proteger mulheres reais vítimas de violência, e não “beneficiárias políticas”.


Em tom contundente, a vereadora argumentou que “algumas mulheres merecem apanhar”, alegando ainda que há casos em que mulheres supostamente “se agredem sozinhas para incriminar homens”. Essas afirmações geraram rápida comoção e manifestações de repúdio nas redes sociais.


Reação imediata e manifestações de repúdio

As falas de Betinha mobilizaram movimentos sociais, coletivos de mulheres e parlamentares que reagiram com indignação. Muitas lideranças classificaram como perigoso o fato de uma autoridade pública defender abertamente a violência de gênero.


Organizações como ONGs de defesa dos direitos da mulher e entidades do Amazonas emitiram notas de repúdio, exigindo retratação imediata e medidas disciplinares por parte da Câmara Municipal de Borba. Algumas manifestações sugerem abertura de processo ético no âmbito da Casa legislativa.


Nas redes sociais, internautas criticaram duramente a postura da vereadora, destacando que defender violência contra mulheres representa uma afronta ao princípio constitucional da dignidade da pessoa humana e ao direito à integridade física.


Apoio verbal não exime gravidade institucional

Embora Betinha tenha reiterado que apoia a existência da Lei Maria da Penha, mecanismo legal que protege mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, sua ressalva de condenar “quem tenta se aproveitar da lei” escorrega para uma relativização perigosa.


Especialistas em direitos humanos e violência de gênero alertam que declarações desse tipo podem fomentar a cultura de misoginia e legitimar agressões. A parlamentar, ao usar a tribuna pública para esse tipo de discurso, extrapola o limite da crítica política e adentra terreno de incitação.


Possíveis consequências e repercussão política

O episódio deve gerar desgaste para a vereadora Betinha, que poderá responder a denúncias éticas no âmbito da Câmara de Borba, além de ter sua imagem fortemente afetada no cenário político local e estadual. Há possibilidade de que parlamentares da bancada feminina e coligações contrárias cobrem posicionamentos públicos e aprofundamento da investigação.


Além disso, o caso pode ganhar repercussão em instâncias superiores: deputadas estaduais ou federais dos movimentos de defesa das mulheres podem levar a denúncia à Assembleia Legislativa, ao Ministério Público ou à Comissão de Direitos Humanos, pedindo intervenção.


Para o município de Borba, o episódio coloca em evidência a necessidade de debate sobre o compromisso institucional com direitos humanos e políticas de proteção à mulher, bem como controle das condutas parlamentares.

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