Adolescente é apreendida após incêndio que matou irmã bebê e feriu criança em Guarujá
- Redação
- 15 de jul.
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Uma adolescente de 14 anos foi apreendida na segunda-feira (14) em Guarujá, litoral de São Paulo, após confessar ter causado um incêndio que matou sua irmã de 11 meses e deixou outro irmão, de 2 anos, em estado grave. O caso chocou a comunidade local e está sendo investigado pelas autoridades como homicídio e tentativa de homicídio.
Segundo a Polícia Civil, a jovem alegou que estava sobrecarregada por cuidar dos irmãos mais novos sozinha durante o recesso escolar, enquanto os pais trabalhavam. Em depoimento, ela declarou que “não aguentava mais” a responsabilidade.

De acordo com o delegado Glaucus Vinicius Silva, que acompanha o caso, a adolescente mostrou frieza e articulou com clareza a execução do crime. Ela contou que esperou os irmãos dormirem, incendiou um carpete e abriu o registro do gás de cozinha para facilitar a propagação do fogo. “Ela pensou em tudo: colocou os irmãos para dormir, abriu o gás, trancou o apartamento. Agiu de forma planejada e sem demonstrar arrependimento”, afirmou o delegado ao portal Metrópoles.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por vizinhos e conseguiu resgatar o menino de 2 anos, que segue internado em estado grave. Um vizinho que tentou ajudar também teve queimaduras no braço. A bebê de 11 meses morreu no local.
A jovem foi levada à Vara da Infância e Juventude e passará por avaliação psiquiátrica. O caso está sendo acompanhado por conselhos tutelares e pela Justiça da Infância, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O caso foi registrado como homicídio e tentativa de homicídio. A Polícia Civil já colheu depoimentos da adolescente, de vizinhos e familiares. A Justiça agora avaliará, com base nos laudos técnicos e psicológicos, quais medidas socioeducativas serão aplicadas.
Por envolver uma adolescente, a identidade da acusada está sendo preservada, conforme determina a legislação brasileira. A família recebe acompanhamento psicossocial.
Especialistas em infância e adolescência chamam atenção para o possível cenário de negligência, ausência de rede de apoio e sobrecarga emocional em casos como este. A situação levanta alertas para o cuidado com a saúde mental de adolescentes, principalmente em contextos de pobreza, falta de estrutura familiar e invisibilidade social.









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