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Delegada revela que agressor de mulher espancada em elevador já havia incentivado a vítima a se matar

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 29 de jul.
  • 2 min de leitura

A delegada Victoria Lisboa, responsável pela investigação do brutal espancamento de Juliana Garcia dos Santos, de 35 anos, revelou nesta terça-feira (29) que o agressor, Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, já havia incentivado a vítima a tirar a própria vida. O crime ocorreu no último sábado (26), dentro de um elevador em um condomínio localizado no bairro de Ponta Negra, em Natal, e vem sendo tratado como um caso grave de violência doméstica.

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De acordo com a delegada, a vítima relatou, durante depoimento, que Igor a agredia verbal e fisicamente há algum tempo. “Ela narrou que ele a incentivou a se matar. São fatos que chamam atenção para uma violência doméstica com múltiplas camadas, inclusive psicológica”, declarou Victoria Lisboa em coletiva de imprensa.


As imagens captadas pelas câmeras de segurança do prédio mostram o momento em que Igor desfere mais de 60 socos contra Juliana, que não reage. A mulher sofreu múltiplas fraturas no rosto e deverá passar por cirurgia nos próximos dias.


A Polícia Civil confirmou que o histórico de agressões não era inédito. A vítima já havia sido empurrada por Igor em outras ocasiões, mas nunca havia registrado denúncia formal. “Até o fato de ela hesitar em sair do elevador ao ver que ele estava entrando demonstra o medo que ela sentia”, relatou a delegada.


Segundo Victoria, a violência psicológica também fazia parte do ciclo de abusos. “Ela estava emocionalmente fragilizada e me relatou que pensava em tomar remédios por conta do estado psicológico. E ele, em vez de oferecer apoio, a incentivava a se matar. Isso será apurado com mais profundidade, pois pode configurar crime”, reforçou.


A prisão de Igor foi convertida em preventiva após audiência de custódia. O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher das Zonas Leste, Oeste e Sul (Deam ZLOS), que continua reunindo provas e colhendo depoimentos para concluir o inquérito.


A delegada aproveitou para fazer um alerta às vítimas de violência: “O amor não machuca. Se está te machucando, te agredindo, isso não é amor. Procure ajuda, denuncie.”


Denúncias de violência doméstica podem ser feitas pelo número 180 ou diretamente em qualquer delegacia.

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