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Após surtos de intoxicação alimentar por peixes, Vigilância em Saúde de Natal divulga alerta sobre consumo seguro de pescados

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 15 de mai.
  • 2 min de leitura

A Vigilância em Saúde de Natal (RN) emitiu, nesta quinta-feira (15), uma nota técnica com orientações sobre o consumo seguro de pescados, após o registro de surtos de intoxicação alimentar por peixes contaminados, possivelmente ligados à toxina Ciguatera.


Após surtos de intoxicação alimentar por peixes, Vigilância em Saúde de Natal divulga alerta sobre consumo seguro de pescados

De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), somente em 2025 já foram registrados dois surtos de intoxicação por Ciguatera em Natal, sendo o mais recente relacionado a um evento ocorrido entre os dias 5 e 6 de maio, em um restaurante da capital potiguar. No total, 13 pessoas apresentaram sintomas de intoxicação alimentar, com três internações hospitalares.


Fiscalização na cadeia de comercialização de pescados em Natal

Após os casos, a equipe da Vigilância Sanitária realizou uma fiscalização rigorosa em toda a cadeia de produção e comercialização de pescados, desde o local de preparo até o ponto de venda. Amostras dos peixes consumidos foram coletadas e encaminhadas para análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (LACEN-RN).


Sintomas da intoxicação por Ciguatera

A Ciguatera é uma forma de intoxicação alimentar causada pela ingestão de peixes contaminados por toxinas produzidas por microalgas presentes em recifes tropicais e subtropicais. Os sintomas da Ciguatera surgem geralmente entre 3 a 5 horas após o consumo do peixe contaminado e podem incluir:

  • Dormência nos membros

  • Parestesia (formigamento)

  • Dor de dente e gosto metálico na boca

  • Fadiga extrema

  • Coceira e suor excessivo

  • Visão turva e inversão térmica (confusão entre quente e frio)

  • Diarreia, vômitos e dor abdominal

  • Bradicardia e hipotensão


Cuidados e recomendações da Vigilância Sanitária

O diretor do DVS, José Antônio de Moura, destacou que os sintomas relatados são compatíveis com intoxicação por Ciguatera, uma toxina presente em peixes como garoupas, badejos, arabaianas e dourados, especialmente os que vivem em recifes de corais.

Segundo o Departamento, todas as pessoas afetadas estão sendo acompanhadas pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), e não há risco generalizado para a população.

“Este é um caso pontual. Não há motivo para pânico ou para suspender o consumo de pescados. Recomendamos apenas que a população verifique a procedência do peixe, questione os fornecedores sobre a origem do pescado e priorize peixes de águas profundas adquiridos em estabelecimentos licenciados”, reforçou o diretor.

Em caso de sintomas após o consumo de peixe, a orientação é buscar atendimento médico imediatamente.


Sobre a Ciguatera

A Ciguatoxina e a Maitotoxina são toxinas resistentes ao calor e ao congelamento, ou seja, não são eliminadas por meio do cozimento ou refrigeração. Isso torna essencial a compra consciente de peixes, especialmente em regiões costeiras onde a proliferação dessas microalgas é comum.

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