top of page

Caso Hytalo Santos e marido é assumido pelo Gaeco-PB por exploração de menores e tráfico de pessoas

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 15 de set.
  • 2 min de leitura

Investigação sobre o influenciador e Israel Vicente passa a ser conduzida integralmente pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado, que reúne provas sob segredo de Justiça


Hytalo Santos e Israel Vicente foram detidos em São Paulo e transferidos para João Pessoa. Prisão completa um mês nesta segunda-feira (15). | Foto: Reprodução
Hytalo Santos e Israel Vicente foram detidos em São Paulo e transferidos para João Pessoa. Prisão completa um mês nesta segunda-feira (15). | Foto: Reprodução

O influenciador Hytalo Santos e seu marido, Israel Vicente, conhecido como Euro, completam nesta segunda-feira (15) um mês de prisão em João Pessoa, após serem detidos em São Paulo por tráfico de pessoas e exploração de crianças e adolescentes. A investigação foi assumida integralmente pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado da Paraíba (Gaeco-PB), que reúne todas as provas sob segredo de Justiça.


Segundo o promotor Dennys Carneiro, do Gaeco, o processo segue dentro do prazo legal para oferecimento de denúncia, já que as prisões foram preventivas. Detalhes sobre futuras denúncias não podem ser divulgados. Inicialmente, a investigação envolvia promotorias de Bayeux e João Pessoa, mas desde o final de agosto o Gaeco concentra toda a apuração.


O delegado Carlos Othon, da Polícia Civil, explicou que a corporação não investiga o casal diretamente, atuando apenas com o setor de Inteligência para suporte técnico na extração de dados de oito equipamentos eletrônicos. A polícia também auxiliou na transferência de Hytalo e Israel para a Paraíba em 28 de agosto.



Defesa de Hytalo sustenta que casal é inocente


O advogado Felipe Cassimiro afirmou que já protocolou “muitos pedidos” para que Hytalo e Israel sejam soltos, e aguarda decisão da Justiça. A defesa mantém que o casal é inocente e acredita que a prisão poderá ser encerrada em breve.


Segundo Edmilson Alves, diretor da Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, o casal não recebeu visitas familiares devido a exigências técnicas da ala LGBTQIA+, onde cumpriram período de reconhecimento.


Apenas visitas íntimas foram autorizadas recentemente, e a partir de domingo (14) familiares poderão visitá-los. Até então, apenas advogados tiveram acesso ao casal, enquanto familiares entregaram suplementação alimentar.



O que levou Hytalo Santos à prisão


O pedido de prisão preventiva foi fundamentado no Estatuto da Criança e do Adolescente e aceito pela Justiça em 14 de agosto. A promotora Ana Maria França afirmou que Hytalo praticava “adultização” de adolescentes, induzindo-os precocemente a comportamentos e performances sexualizadas como estratégia de engajamento digital e lucro.


Mesmo sob aparência de lazer, a conduta configuraria exploração sexual e trabalho infantil artístico irregular, já que o conteúdo produzido era monetizado em plataformas digitais.


Investigações indicam que Hytalo centralizava conteúdo em um grupo de jovens, muitos menores, que residiam em uma casa sob sua tutela informal. Ele oferecia apoio financeiro aos adolescentes e pais, mas não remunerava mulheres usadas como “vitrine” do negócio. Um policial militar relatou que todo o valor de contratos de publicidade era retido por Hytalo, enquanto os menores não tinham dinheiro para despesas básicas.


Para dar aparência de legalidade, Hytalo alegava ter tutela sobre os jovens, mas contava apenas com autorizações verbais dos pais. A acusação alerta que, se estivesse em liberdade, Hytalo poderia destruir provas ou fugir do estado ou do país.

 
 
 

Comentários


bottom of page