Com alta de doenças respiratórias no RN, especialista alerta para os perigos da automedicação
- Redação
- 1 de jul.
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O Rio Grande do Norte está entre os 12 estados brasileiros com tendência de crescimento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz, referente à semana epidemiológica 25 (15 a 21 de junho).

Com a chegada do período mais frio e chuvoso, crescem os casos de gripes, resfriados e outras doenças respiratórias — e, junto com eles, o risco da automedicação. A prática pode comprometer diagnósticos, agravar sintomas e trazer sérias consequências à saúde.
De acordo com a professora Jéssica Nayane, docente do curso de Farmácia da Estácio, o uso de medicamentos sem orientação profissional pode mascarar sintomas, dificultar diagnósticos e causar efeitos colaterais graves. “Além disso, o uso inadequado de antibióticos colabora para a resistência bacteriana, tornando infecções futuras mais difíceis de tratar”, alerta.
Outros medicamentos de uso comum, como anti-inflamatórios, antialérgicos, descongestionantes e até fitoterápicos, também podem representar riscos, especialmente para pessoas com doenças crônicas. “A ideia de que o que é natural não faz mal é um equívoco. Fitoterápicos também podem causar reações adversas e interações medicamentosas”, reforça.
A orientação é que qualquer sintoma gripal seja avaliado por um profissional. A recomendação principal é buscar atendimento na UBS mais próxima. Na ausência de médicos, o farmacêutico pode exercer um papel de triagem importante, orientando de forma segura.
“O farmacêutico é um agente essencial na promoção do uso racional de medicamentos e pode ajudar a evitar erros comuns que colocam em risco a saúde da população”, finaliza Jéssica Nayane.
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