Ex‐delegado geral Ruy Ferraz Fontes é executado em Praia Grande (SP) após perseguição e colisão
- Redação
- 16 de set.
- 2 min de leitura
O ex‑delegado geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, foi executado a tiros na noite desta segunda-feira (15/9) em Praia Grande, litoral sul de São Paulo. Integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) são apontados como principais suspeitos. O ataque ocorreu após perseguição em que a vítima colidiu com ônibus, capotou e foi baleada dentro do veículo.

O crime ocorreu por volta das 18h na região próxima à prefeitura e ao fórum de Praia Grande. Fontes dirigia um carro, em aparente tentativa de fuga, quando bateu contra um ônibus e capotou ao tentar entrar em uma avenida. Em seguida, criminosos desceram de outro veículo, que os perseguia, armados com fuzis, e dispararam vários tiros contra o carro de Ruy. Ele foi atingido e não resistiu.
Duas pessoas que estavam próximas foram atingidas e socorridas pelo SAMU. Uma mulher com ferimentos leves e um homem que permanece internado, mas sem risco de vida.
Quem era Ruy Ferraz Fontes
Tinha mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil de São Paulo.
Foi delegado titular em unidades como Denarc, DHPP, Deic (especialmente Delegacia de Roubos a Bancos) e diretor do DECAP.
Atuou com firmeza contra o PCC, inclusive respondendo por denúncias que envolviam integrantes da facção.
Estava licenciado da Polícia Civil e exercia atualmente o cargo de secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande desde janeiro de 2023.
Investigação e resposta policial
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Foram acionados grupos especializados, como ROTA e Garra, para dar suporte nas diligências.
Cerca de cem policiais foram mobilizados para atuar em Praia Grande.
Carro usado pelos criminosos foi localizado; outro veículo suspeito pode estar envolvido.
Ministério Público irá atuar no caso por meio do GAECO para auxiliar na apuração.
Contexto e repercussão
A execução de Ruy Ferraz Fontes veio a chocar não só pela gravidade do ato, mas pelo perfil profissional da vítima, que tinha atuação destacada no combate ao crime organizado e, especificamente, ao PCC. Há fortes indícios de que ele já era alvo de ameaças ou de retaliações por parte da facção.
O crime levanta novamente questionamentos sobre o risco enfrentado por agentes públicos que atuam no enfrentamento direto ao crime organizado, bem como sobre a capacidade operacional de segurança pública para proteger essas pessoas.
Citações
“O caso está sendo registrado na Polícia Civil. Equipes estão em campo, realizando diligências e utilizando ferramentas de inteligência para identificar, prender e responsabilizar os envolvidos”. Trecho de nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.









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