Haddad nega reajuste do Bolsa Família e diz que medidas são apenas fiscais
- Redação
- há 3 dias
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Medidas fiscais não incluem reajuste do Bolsa Família, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou qualquer possibilidade de reajuste do Bolsa Família neste momento e reforçou que as medidas que serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana têm foco exclusivo no cumprimento da meta fiscal de 2025. A declaração ocorre após rumores sobre possíveis ações do governo para elevar sua popularidade, incluindo mudanças no valor do benefício social.

Segundo o ministro, as propostas que estão sendo finalizadas são “medidas pontuais” voltadas para corrigir gargalos que afetam a arrecadação e aumentam os gastos públicos.
“Não dá nem para chamar de pacote, porque são medidas pontuais”, afirmou Haddad, negando que se trate de um novo conjunto de medidas fiscais como os aprovados no final do ano passado.
Pela atual Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o governo precisa cumprir uma meta de resultado primário zero — ou seja, sem déficit ou superávit — com uma margem de tolerância de até R$ 31 bilhões, equivalente a 0,25 ponto percentual do PIB.
Sem mudanças no orçamento do Bolsa Família
Especificamente sobre o reajuste do Bolsa Família, Haddad foi direto: “Não tem demanda, estudo, pedido de orçamento para o MDS. Zero.” O ministro afirmou que o orçamento previsto para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) está mantido, sem espaço para novas iniciativas.
Ele também negou qualquer movimentação interna sobre um suposto aumento do valor mínimo do Bolsa Família para R$ 700 em 2026. “O Orçamento para 2026 nem começou a ser discutido. Começa a ser discutido no final de junho, começo de julho. Não tem nenhum estudo a respeito”, completou.
O ministro criticou os boatos sobre o aumento, dizendo que especulações sem fundamento só favorecem distorções no mercado. “Você quer inventar um problema para ajudar o especulador a ganhar dinheiro? O problema não pode ser meu”, declarou.
Com isso, o governo reafirma o compromisso com a responsabilidade fiscal e nega qualquer alteração nos valores do principal programa de transferência de renda do país.
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