Potiguar Ivan Baron comemora a condenação do humorista Léo Lins: “Que prazer!”
- Redação
- 5 de jun.
- 2 min de leitura
Influenciador potiguar, vítima de piadas capacitistas em show e nas redes sociais de Léo Lins, celebra decisão histórica que reforça os limites éticos do humor.

O influenciador potiguar Ivan Baron, símbolo nacional da luta anticapacitista, comemorou a condenação do humorista Léo Lins, sentenciado recentemente pela Justiça Federal de São Paulo a mais de oito anos de prisão, além do pagamento de R$ 300 mil por danos morais coletivos. “Que prazer!”, celebrou Ivan nas redes sociais, referindo-se à vitória que considera não apenas pessoal, mas de toda a comunidade de pessoas com deficiência.
Em 2023, Ivan foi alvo de uma violenta exposição capacitista promovida por Léo Lins durante um show de stand-up, onde o humorista o imitou de forma pejorativa, debochando de seus movimentos e fala, características resultantes da paralisia cerebral com a qual convive desde o nascimento. O ataque não se restringiu ao palco: Léo Lins também compartilhou o trecho em suas redes sociais, ampliando ainda mais a exposição pública e o sofrimento de Ivan.
“Assistindo ao conteúdo foi impossível não sofrer, relembrando vários gatilhos que precisei passar durante todo o processo de aceitação da minha deficiência. Me senti, mais uma vez, humilhado por uma pessoa que não teme as consequências que a suposta ‘piadinha’ pode causar na vida do outro”, relatou Ivan à época, em um desabafo nas redes sociais.
O influenciador registrou um boletim de ocorrência contra Léo Lins por injúria e anunciou que também o processaria judicialmente. O episódio gerou grande repercussão nacional, reacendendo debates sobre os limites do humor e o combate ao capacitismo.
Ivan Baron ganhou destaque nacional ao subir a rampa do Palácio do Planalto durante a posse do presidente Lula, em janeiro de 2023, tornando-se um símbolo da resistência anticapacitista. Desde então, atua como referência na luta por inclusão e respeito às pessoas com deficiência, enfrentando com coragem as marcas deixadas por episódios como o protagonizado por Léo Lins.
A sentença judicial considerou que o show “Perturbador” — onde diversas piadas discriminatórias foram proferidas — extrapolou os limites da liberdade de expressão, promovendo discurso de ódio e incitando a intolerância contra diversos grupos vulneráveis: pessoas com deficiência, negros, indígenas, homossexuais, pessoas com HIV, idosos e obesos.
Mesmo com a defesa do humorista afirmando que irá recorrer, a condenação representa um avanço no enfrentamento jurídico de práticas discriminatórias mascaradas de humor.
“Esse é um momento de vitória não só pessoal, mas coletiva. É um sinal de que a justiça está atenta e que não podemos mais tolerar o capacitismo naturalizado na sociedade”, declarou Ivan, que segue firme em sua missão de transformar sua vivência em ferramenta de conscientização e mudança social.
Sobre Ivan Baron:
Ativista, palestrante e influenciador digital, Ivan Baron é uma das vozes mais importantes no combate ao capacitismo no Brasil. Sua trajetória inspira milhares de pessoas, mostrando que, apesar das adversidades, é possível transformar dor em luta e luta em transformação social.









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