Coluna "Condomínio em Cena" por Therena Andrade no Blog José Patrício
- Therena Andrade
- 18 de jun.
- 2 min de leitura
Atualizado: 19 de jun.

Quando a Chuva Chega: Reflexões sobre o Papel do Síndico diante das Causas Naturais
A natureza, em sua força e beleza, também carrega imprevistos que podem transformar o dia a dia de um condomínio. Em nova Parnamirim, um muro desabou hoje em virtude das chuvas intensas. Um acontecimento que, infelizmente, se repete em várias regiões da cidade — Parnamirim, Nova Parnamirim, e tantos outros bairros enfrentando alagamentos, ruas intransitáveis, bueiros entupidos e estruturas comprometidas.
E o síndico? Onde entra nessa história?
Muitas vezes, o síndico é o primeiro a ser cobrado. Mas nem sempre é lembrado que, antes da tragédia, ele já vinha tentando. Já havia solicitado à prefeitura a limpeza de um bueiro. Já havia enviado ofícios pedindo a recuperação do asfalto. Já havia participado de reuniões, se debruçado sobre orçamentos, buscado alternativas. E, muitas vezes, recebeu como resposta o silêncio.
A gestão de um condomínio vai além das paredes internas. Ela conversa com a cidade, com o entorno, com o poder público. E é aí que mora a angústia de tantos síndicos: quando o coletivo externo falha, o interno sofre.
É injusto, mas é real.
É por isso que falar de seguro condominial não pode ser tabu. Em situações extremas, como alagamentos, quedas de muro, danos estruturais provocados por chuvas ou ventanias, ter um seguro adequado pode significar proteção, amparo, agilidade na reconstrução e tranquilidade para todos.
Mas não é só isso.
Este é um momento para refletir sobre a importância da valorização da voz do síndico. Aquela liderança que, silenciosamente, está buscando soluções mesmo quando ninguém vê. Que está na linha de frente quando há emergências. Que acorda cedo para falar com engenheiros, corretores, bombeiros, órgãos públicos — mesmo sem garantias de retorno.
Diante das águas que caem do céu, o que mais o síndico pode fazer? Pode continuar sendo ponte. Pode continuar sendo presença. Pode continuar tentando. Porque o papel do síndico, mais do que resolver tudo, é nunca se ausentar.
E à comunidade condominial, cabe também o papel de compreender: nem tudo está nas mãos do síndico, mas é certo que muito pesa sobre os ombros dele.
Chuva não se evita. Mas os efeitos dela podem ser minimizados quando há união, prevenção e um olhar coletivo. E é isso que todo bom síndico deseja: um condomínio que, mesmo em tempos difíceis, permaneça unido e seguro.
Coluna "Condomínio em Cena" por Therena Andrade no Blog José Patrício
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