Paralisação do SAMU Natal pode ocorrer após demissões em massa de condutores

Paralisação do SAMU Natal preocupa população após demissão de 36 profissionais de saúde

A possível paralisação do SAMU Natal tem gerado preocupação entre os moradores da capital potiguar. Os serviços de emergência prestados pelo SAMU Natal, Transporte Sanitário e o Programa de Acessibilidade Especial Porta a Porta (PRAE) estão sob risco de interrupção nos próximos dias, após a demissão de 36 condutores de ambulância.

As demissões foram anunciadas pela empresa JMT/Clarear, contratada pela Prefeitura do Natal para gerir os serviços, e motivaram reação imediata do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Rio Grande do Norte (Sindconam-RN). De acordo com a entidade, os desligamentos foram arbitrários e representam um ataque direto aos direitos trabalhistas.

O sindicato afirma que os profissionais demitidos são experientes e atuaram na linha de frente durante a pandemia da covid-19. A medida é vista como retaliação após ações judiciais movidas pela categoria em busca de melhores condições de trabalho e respeito à legislação vigente.

“Repudiamos veementemente qualquer ato de perseguição, assédio institucional ou retaliação política contra trabalhadores e suas representações legítimas”, diz nota divulgada pelo Sindconam-RN. Caso não haja recuo nas demissões, a categoria cogita iniciar uma paralisação do SAMU Natal a partir da sexta-feira (23).

A possibilidade de greve geral também não está descartada. O sindicato estuda convocar uma assembleia emergencial nos próximos dias para decidir os rumos da mobilização.

Diante da ameaça de paralisação do SAMU Natal, cresce a preocupação com a continuidade dos atendimentos de urgência e emergência na cidade, principalmente para populações em situação de vulnerabilidade que dependem desses serviços essenciais.