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Coluna "Mente em Pauta" por Jarlene Márika no Blog José Patrício

  • Foto do escritor: Jarlene Márika
    Jarlene Márika
  • 18 de ago.
  • 2 min de leitura

MENTE EM PAUTA - Adultização de Crianças e Adolescentes: O Impacto das Redes Sociais na Saúde Mental


No mundo digital em que vivemos, a linha entre a infância e a adolescência se torna cada vez mais tênue. A adultização de crianças e adolescentes, impulsionada pela pressão das redes sociais, está moldando uma geração que se vê obrigada a se comportar e se expressar de maneira que não condiz com sua fase de desenvolvimento. Essas plataformas, que deveriam ser espaços de aprendizado e interação, muitas vezes se transformam em arenas de competição e comparação.


Coluna "Mente em Pauta" por Jarlene Márika no Blog José Patrício

As consequências desse fenômeno são profundas e, frequentemente, prejudiciais. A exposição constante a padrões de beleza inatingíveis, estilos de vida glamourosos e uma necessidade de validação imediata pode levar a uma série de problemas psicológicos, como ansiedade, depressão e transtornos de imagem. Crianças e adolescentes se sentem pressionados a se apresentar como adultos, esquecendo-se de que seu valor não se resume a likes ou seguidores. Isso pode gerar uma crise de identidade, na qual se perdem as nuances da infância e da adolescência, períodos cruciais para a formação do eu.


Além disso, a adultização pode afetar relações interpessoais. Ao priorizar a imagem e a aceitação nas redes, jovens podem se distanciar de suas amizades reais, trocando interações significativas por conexões superficiais. Essa solidão disfarçada pode se agravar, levando a um ciclo vicioso de isolamento e busca por validação online.


É fundamental que educadores, pais e a sociedade como um todo criem um ambiente que valorize a autenticidade, a vulnerabilidade e o tempo de ser criança. Promover diálogos abertos sobre o uso saudável das redes sociais e oferecer suporte emocional são passos essenciais para ajudar os jovens a navegar nesse cenário desafiador. Ao invés de adultizar, devemos celebrar a infância e a adolescência, permitindo que essas fases sejam vividas plenamente, com suas alegrias e aprendizados.


É hora de refletirmos sobre o que significa crescer em um mundo digital e como podemos resgatar a essência da juventude, protegendo a saúde mental das novas gerações.

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