Deputados do RN e vereadores de Natal já gastaram R$ 29 milhões em cotas parlamentares
- Redação
- 17 de set.
- 2 min de leitura
Levantamento mostra que Assembleia Legislativa usou R$ 24,4 milhões em três anos, enquanto Câmara Municipal consumiu R$ 4,5 milhões em apenas oito meses de 2025

Deputados estaduais do Rio Grande do Norte e vereadores de Natal já consumiram R$ 29 milhões em cotas parlamentares desde o início das atuais legislaturas. Os dados oficiais da Assembleia Legislativa do RN e da Câmara Municipal de Natal revelam que os parlamentares estaduais gastaram R$ 24,47 milhões entre 2023 e julho de 2025, enquanto os vereadores da capital potiguar somaram R$ 4,58 milhões em apenas oito meses de 2025.
As despesas mais comuns envolvem divulgação de atividade parlamentar, aluguel de imóveis para escritórios, compra de passagens, hospedagem, alimentação, combustíveis e contratação de consultorias, segundo levantamento do Agora RN.
Assembleia Legislativa: R$ 24,4 milhões em três anos
Na ALRN, a cota parlamentar pode ser acumulada de um mês para o outro dentro do mesmo exercício financeiro. Entre 2023 e 2025, os deputados estaduais gastaram R$ 8,21 milhões em 2023, R$ 10,1 milhões em 2024 e R$ 6,15 milhões até julho de 2025.
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O deputado Gustavo Carvalho (PL) lidera os gastos do período, com R$ 1,07 milhão. Logo atrás aparecem Taveira Júnior (União), com R$ 1,076 milhão, e Eudiane Macedo (PV), com R$ 1,076 milhão. Na outra ponta, José Dias (PL) foi o que menos usou a verba, acumulando R$ 644 mil.
Os números também revelam aumentos expressivos. Hermano Morais (PV) mais que dobrou os gastos, passando de R$ 237 mil em 2023 para R$ 405 mil em 2024. Ubaldo Fernandes (PSDB) também elevou custos, de R$ 306 mil para R$ 430 mil no mesmo período.
Câmara de Natal: R$ 4,5 milhões em oito meses
Entre janeiro e agosto de 2025, os vereadores de Natal gastaram R$ 4,58 milhões com cotas parlamentares. O valor mensal máximo é de R$ 22 mil e, diferente da ALRN, não pode ser acumulado.

Preto Aquino (Podemos) lidera o ranking de consumo, utilizando o teto de R$ 176 mil. Em seguida estão Daniel Santiago (PP), com R$ 175,9 mil, e Luciano Nascimento (PSD), com R$ 175,8 mil. Já Matheus Faustino (União) foi o mais econômico, com apenas R$ 44,9 mil (25,5% do total disponível).
Entre os casos de maior oscilação aparece Samanda Alves (PT), que usou só R$ 2,5 mil em janeiro, mas chegou ao teto em abril e junho, totalizando R$ 132,7 mil no período. Daniel Valença (PT) também elevou gastos ao longo dos meses, fechando com R$ 160,5 mil, o equivalente a 91,2% da verba.
Transparência e regras
De acordo com a ALRN, a cota serve para ressarcir despesas exclusivamente vinculadas à atividade parlamentar, como transporte, locação de imóveis, material de expediente, consultorias e comunicação.
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Já na Câmara de Natal, há limites específicos: até 15% para combustível, 25% para aluguel de veículos, 60% para consultoria jurídica e 40% para comunicação.









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