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Preço da água mineral será reajustado a partir de novembro no RN

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    Redação
  • há 12 horas
  • 3 min de leitura

Valor do garrafão de 20 litros pode chegar a R$ 15; setor alega aumento nos custos de produção e alta do dólar


Preço da água mineral será reajustado a partir de novembro no RN

A partir de 1º de novembro, os consumidores do Rio Grande do Norte vão pagar mais caro pela água mineral e adicionada de sais. O reajuste foi confirmado pelo Sindicato das Indústrias de Cervejas, Refrigerantes, Águas Minerais e Bebidas em Geral do RN (Sicramirn), que atribui o aumento à elevação dos custos de produção, insumos e logística.


O valor do garrafão de 20 litros, o mais consumido pelos potiguares, deve variar entre R$ 9 e R$ 15, a depender de cada indústria envasadora. Segundo o Sicramirn, o reajuste reflete o impacto acumulado da inflação, alta no preço de matérias-primas e variações cambiais que afetam diretamente o setor.


Custos elevados e inflação pressionam o setor

Em comunicado, o Sicramirn explicou que diversos fatores foram levados em conta para a decisão de reajuste. Entre eles estão a inflação acumulada de cerca de 5% nos últimos 12 meses, o aumento de índices de atacado como o IGP-M e o IGP-DI, o reajuste do salário mínimo e a elevação de custos operacionais como energia elétrica, combustíveis e transporte.


Além disso, insumos fundamentais como rótulos, tampas, lacres e, especialmente, o vasilhame de resina, material cotado em dólar, sofreram forte oscilação no último ano. Essa combinação tornou inevitável a revisão dos preços.


“O reajuste reflete um esforço de equilíbrio diante da elevação de custos que impactam cada elo da cadeia de uma forma diferente”, afirmou Joafran Nobre, presidente do Sicramirn. “Nosso compromisso é garantir que o consumidor continue recebendo um produto seguro e de excelência, dentro das normas sanitárias e ambientais exigidas.”


Mais da metade dos potiguares consome água mineral

Segundo dados do próprio sindicato, mais de 50% da população do Rio Grande do Norte consome água mineral natural ou adicionada de sais, seja em residências ou em estabelecimentos comerciais. O consumo é elevado e crescente, especialmente em regiões com abastecimento irregular ou baixa qualidade da água fornecida pela rede pública.


Atualmente, o estado conta com 35 indústrias envasadoras, responsáveis por produzir cerca de 507 milhões de litros de água por ano. O setor emprega aproximadamente 10 mil pessoas, entre empregos diretos e indiretos, e é considerado estratégico para o abastecimento e a economia local.


Rigor na fiscalização garante segurança ao consumidor

O setor de água mineral é rigidamente fiscalizado por órgãos como o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a Vigilância Sanitária. As indústrias devem seguir critérios rigorosos de segurança alimentar, que vão desde a captação da água até o processo de envase e distribuição.


O Sicramirn reforça que o reajuste não compromete o padrão de qualidade do produto. “As empresas seguem investindo em tecnologias, processos sustentáveis e boas práticas para garantir a segurança e a potabilidade da água entregue à população”, diz o comunicado.


Impacto no orçamento e alternativas para o consumidor

Com o novo reajuste, os consumidores devem sentir o impacto no orçamento familiar, especialmente aqueles que utilizam mais de um garrafão por semana. Diante do cenário, especialistas em economia doméstica recomendam pesquisar preços entre diferentes marcas e fornecedores, além de considerar alternativas seguras de abastecimento, como filtros certificados e pontos de recarga autorizados.


O Sicramirn, por sua vez, afirma que a concorrência entre as 35 empresas atuantes no estado permite alguma margem de escolha para o consumidor, apesar do aumento generalizado de custos.

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