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Funcionária da Drogasil comete racismo contra colega no primeiro dia de trabalho em Santo André

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 11 de set.
  • 2 min de leitura

Comentário ofensivo foi gravado em vídeo e viralizou nas redes sociais; Noemi Ferrari afirma que não ficará em silêncio diante da violência sofrida


A jovem Noemi Ferrari, moradora de Santo André (SP), denunciou ter sido vítima de racismo já no seu primeiro dia de trabalho em uma unidade da Drogasil, uma das maiores redes de farmácias do Brasil. O caso veio à tona nesta semana, após a própria vítima divulgar o episódio nas redes sociais, acompanhado de um vídeo com o momento exato da agressão verbal.


Funcionária da Drogasil comete racismo contra colega no primeiro dia de trabalho em Santo André
Imagem: Reprodução/ Redes Sociais

As imagens mostram uma funcionária da loja apresentando Noemi à equipe, mas em seguida fazendo comentários racistas: “Você tá escurecendo a nossa loja. Acabou a cota, gente. Negrinho não entra mais”, diz a funcionária.


A cena foi gravada por outro colaborador e rapidamente viralizou nas redes sociais, gerando revolta entre internautas, além de manifestações de apoio e solidariedade à vítima.

Em sua publicação, Noemi desabafou: “Sim, vocês estão vendo e ouvindo isso mesmo. Fui vítima de racismo e não pretendo ficar em silêncio”.


O caso provocou repercussão nacional e levanta novamente o debate sobre o racismo estrutural no ambiente de trabalho, especialmente em grandes redes varejistas, onde políticas de diversidade e inclusão nem sempre se traduzem em práticas reais.


A Drogasil ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido até o momento desta publicação. A empresa tem sido pressionada por internautas a tomar medidas disciplinares contra a funcionária envolvida e garantir segurança emocional e física à colaboradora afetada.


Racismo não é piada

Especialistas destacam que piadas com conteúdo racista, ainda que feitas em “tom de brincadeira”, configuram crime previsto no Código Penal brasileiro. Desde a entrada em vigor da Lei 14.532/2023, a injúria racial passou a ser equiparada ao crime de racismo, sendo considerada imprescritível e inafiançável.


Casos como o de Noemi Ferrari reforçam a importância da denúncia, do acolhimento às vítimas e da responsabilização dos autores, sobretudo em ambientes corporativos onde tais condutas não podem ser normalizadas.


Reações

Nas redes sociais, celebridades, ativistas e milhares de usuários manifestaram apoio a Noemi. A hashtag #JustiçaPorNoemi se tornou um dos assuntos mais comentados nas últimas horas. Comentários como “Força, Noemi”, “Racismo é crime” e “Estamos com você” dominaram as redes, mostrando a dimensão da indignação coletiva.


Organizações do movimento negro também começaram a acompanhar o caso e prometem acionar juridicamente a empresa e a autora da ofensa. A Defensoria Pública de São Paulo e o Ministério Público devem ser notificados nos próximos dias.

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